Caminhos para a construção de um mundo acessível

“Inclusão é um direito daqueles que precisam, e incluir é um dever de todos”.

Letícia Butterfield

 

Celebrado em 3 de dezembro, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência convida o mundo a refletir sobre um tema decisivo para sociedades que almejam equidade: a construção de um ambiente verdadeiramente acessível para todos. Instituída pela ONU em 1992, a data busca ampliar a conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência e estimular governos, empresas e cidadãos a adotarem práticas que assegurem participação plena e digna em todos os espaços sociais.

Nas últimas décadas, avanços importantes foram registrados, especialmente após marcos legais como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão. Ainda assim, o cenário está longe do ideal. No Brasil, mais de 18 milhões de pessoas declaram possuir algum tipo de deficiência, segundo dados oficiais, o que evidencia a urgência de políticas permanentes, estruturadas e integradas.

Entre os caminhos apontados por especialistas está o modelo social da deficiência, que desloca o foco da limitação individual para as barreiras criadas pela sociedade. Rampas inexistentes, calçadas irregulares, transporte inadequado, falta de tecnologias assistivas e atitudes capacitistas seguem sendo fatores que restringem autonomia, oportunidades e cidadania.

A construção de cidades inclusivas é, portanto, uma prioridade. Calçadas acessíveis, sinalização tátil, transporte adaptado e equipamentos públicos estruturados permitem mobilidade, segurança e dignidade. Na educação, a inclusão passa por infraestrutura adequada, formação de professores, materiais acessíveis e convivência que reduza preconceitos desde a infância.

Cidades acessíveis evitam barreiras sociais

 

No mercado de trabalho, a inclusão exige revisão de processos, ambientes acessíveis física e digitalmente, sensibilização das equipes e valorização da diversidade como atributo estratégico. Empresas que integram acessibilidade ao seu planejamento contribuem não só para a equidade, mas também para a inovação e para o desenvolvimento sustentável do país.

Nesse contexto, ganha destaque também o papel de organizações que apoiam instituições dedicadas às pessoas com deficiência. Um exemplo é a Brasilcap, referência no setor de capitalização e criadora do Doadin, título de capitalização da modalidade Filantropia Premiável.

Ao adquirir esse produto, o cliente concorre a sorteios e, ao final da vigência, o valor de resgate é doado para uma instituição beneficente, como a Fundação Banco do Brasil e a AACD. A empresa também mantém apoio contínuo ao Teleton há 11 anos, contribuindo para o tratamento de milhares de crianças atendidas pela instituição.

Construir um mundo acessível é uma tarefa coletiva e contínua. No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o chamado é claro: transformar consciência em prática e assegurar que acessibilidade seja um princípio permanente, e não uma exceção.

Dezembro Vermelho: Informação e cuidado transformam vidas

O Dezembro Vermelho marca, em todo o Brasil, uma mobilização dedicada à conscientização sobre o HIV e a Aids. A partir do dia 1º de dezembro, Dia Internacional da Luta contra a Aids, instituições de saúde, organizações sociais e órgãos públicos intensificam iniciativas que reforçam o compromisso com a prevenção, o diagnóstico precoce e o combate ao estigma.

As campanhas educativas ganham destaque nesse período com o objetivo de aproximar a população de informações seguras e atualizadas. A comunicação clara em ações comunitárias, atividades escolares ou meios digitais ajuda a reduzir preconceitos, estimular o diálogo e incentivar o cuidado com a saúde.

Essas iniciativas também são essenciais para desfazer mitos, esclarecer dúvidas e reforçar que HIV e Aids não são sinônimos. O HIV é o vírus, e a Aids é a fase avançada da infecção, hoje totalmente evitável com tratamento gratuito ofertado pelo Sistema Único de Saúde.

O Brasil adota a estratégia de prevenção combinada, que reúne diferentes formas de proteção, como o uso de preservativos, a testagem regular, a PrEP (Profilaxia de Pré Exposição), indicada para pessoas com maior risco de contato com o vírus, e a PEP (Profilaxia de Pós Exposição), recomendada em situações emergenciais, como relações sem proteção ou exposição acidental a material biológico. Disponíveis no SUS, essas medidas podem ser acessadas rapidamente. No caso da PEP, o início precisa ocorrer em até setenta e duas horas.

O diagnóstico precoce é outro pilar do enfrentamento ao HIV. Detectar a infecção no início permite iniciar o tratamento antirretroviral mais cedo, garantindo qualidade de vida e reduzindo complicações. Além disso, quanto antes a pessoa recebe o resultado, mais rápido se interrompe a cadeia de transmissão. Os testes rápidos oferecidos pelo SUS, ou os vendidos em farmácias, entregam o resultado em poucos minutos, com precisão e sigilo.

 

Testes rápidos são oferecidos pelo SUS e vendidos em farmácias

 

O Dezembro Vermelho reforça ainda o dever social de combater o preconceito contra pessoas que vivem com HIV. A discriminação viola direitos, afasta indivíduos dos serviços e compromete o tratamento. Além dos avanços no acesso ao diagnóstico e ao tratamento, uma das informações mais transformadoras na luta contra o HIV é a comprovação científica de que pessoas que alcançam carga viral indetectável não transmitem o vírus aos seus parceiros sexuais, mesmo sem o uso de preservativo.

Essa evidência, reconhecida mundialmente por diversas instituições de saúde, foi confirmada por estudos internacionais que acompanharam mais de 5 mil casais sorodiscordantes ao longo de vários anos. O princípio “Indetectável = Intransmissível” (I=I) reforça não apenas a eficácia do tratamento antirretroviral, mas também a importância de combater o estigma, promover o cuidado contínuo e incentivar a testagem regular.

Falar sobre HIV com responsabilidade, evitar estigmas e apoiar quem vive com o vírus são atitudes que fortalecem a comunidade e ajudam a construir uma sociedade mais justa, humana e comprometida com a dignidade de todos.

Novembro Azul mobiliza país pela saúde masculina

A campanha Novembro Azul, criada para reforçar a importância dos cuidados preventivos entre a população masculina, mobiliza instituições, entidades médicas, governos e a sociedade em todas as regiões do país. Realizada anualmente, a iniciativa busca ampliar a conscientização sobre o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer de próstata, além de fomentar discussões sobre o bem-estar dos homens.

Inspirado em movimentos internacionais surgidos no início dos anos 2000, o Novembro Azul consolidou-se no Brasil a partir de 2011, impulsionado por campanhas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Desde então, o mês se tornou referência nacional em mobilização pela saúde masculina, com ações voltadas ao autocuidado e à quebra de tabus relacionados ao tema.

De acordo com estimativas recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra cerca de 70 mil novos casos de câncer de próstata por ano no período de 2023 a 2025. Especialistas alertam que a doença pode evoluir de forma silenciosa, o que aumenta a importância do rastreamento regular. Quando identificada em estágio inicial, as chances de cura chegam a 98%, segundo entidades médicas. A diferença entre uma detecção precoce e uma tardia impacta diretamente o sucesso do tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.

Além de incentivar a realização de exames e consultas periódicas, especialistas destacam que hábitos simples no cotidiano podem contribuir significativamente para a prevenção. Entre as recomendações estão a prática regular de atividades físicas, a manutenção do peso adequado, a redução do consumo de carnes processadas e o aumento da ingestão de frutas, verduras e alimentos ricos em fibras.

O controle do tabagismo e do consumo excessivo de álcool também é essencial. Dormir bem, gerenciar o estresse e manter check-ups em dia completam as orientações para um cuidado integral com a saúde masculina.

Ao longo de novembro, diferentes setores promovem ações de conscientização em todas as regiões do país. Prédios públicos e monumentos recebem iluminação azul, escolas realizam rodas de conversa, empresas promovem atividades internas e unidades de atendimento ampliam a oferta de serviços. Mutirões de consultas e exames, palestras comunitárias e distribuição de materiais informativos fazem parte da programação, que busca aproximar o tema do cotidiano da população.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece consultas, exames e tratamento oncológico quando necessário, com as Unidades Básicas de Saúde atuando como porta de entrada para avaliação e encaminhamento. A campanha reforça que a informação e o acompanhamento regular são fundamentais para reduzir o impacto da doença no país. A detecção precoce continua sendo o principal aliado na preservação da vida.

Teleton e AACD: solidariedade que transforma vidas

“Ajudar o próximo é transpor um muro intransponível. Quando conseguimos, vemos a beleza que existe do outro lado.”

Vicente Lino Marchalek

 

Há quase três décadas, o Teleton se consolidou como uma das principais campanhas de solidariedade do país. Criado em prol da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), o programa mobiliza empresas, artistas e o público em geral para garantir reabilitação e inclusão a pessoas com deficiência física no país.

Mais do que um evento televisivo, o Teleton se tornou um movimento nacional que evidencia o poder da empatia e da participação coletiva na construção de uma sociedade mais justa. Desde sua estreia, em 1998, milhões de brasileiros já contribuíram com o trabalho da AACD, instituição referência em reabilitação física e desenvolvimento social.

Fundada em 1950, a AACD oferece atendimentos médicos especializados, fisioterapia, terapias ocupacionais e programas de inserção social e profissional em unidades pelo Brasil. A atuação da entidade se destaca pela eficiência na gestão dos recursos e pela dedicação de profissionais que ajudam milhares de pacientes a recuperar autonomia e autoestima.

Teleton é a principal fonte de arrecadação que garante a continuidade e a expansão desses serviços.

 

Entre os parceiros da campanha está a Brasilcap, que apoia a AACD há 11 anos e participa do Teleton pelo 9º ano consecutivo. Ao longo dessa trajetória, a companhia tem contribuído, por meio de doações, para ampliar o número de atendimentos e fortalecer o impacto social da iniciativa.

A Brasilcap utiliza a capitalização na modalidade filantropia premiável como forma de unir prêmios e solidariedade. Um dos exemplos é o Doadin, título de capitalização que, a partir de R$ 25, oferece a chance de concorrer a prêmios de até R$ 25 mil, além de 1.000 prêmios instantâneos, e ainda apoiar a AACD por meio da cessão do resgate.

A parceria entre a Brasilcap e a AACD mostra como o engajamento do setor privado pode gerar impacto real e duradouro. Em um país de tantas desigualdades, o Teleton segue como um símbolo de esperança e uma prova de que a solidariedade, quando se transforma em ação, é capaz de mudar vidas e construir um futuro mais inclusivo para todos.

Outubro Rosa: prevenir é um ato de amor

“Cuidar de si é valorizar a vida”.

Nana Bernardes

 

O mês de outubro chega envolto em uma causa nobre e essencial: a conscientização sobre o câncer de mama. O movimento Outubro Rosa, reconhecido mundialmente, tem como objetivo alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, as principais armas na luta contra a doença que mais acomete mulheres em todo o mundo.

Criado na década de 1990, nos Estados Unidos, o movimento rapidamente se espalhou por diversos países, ganhando força por meio de campanhas, corridas, eventos e ações de saúde. A cor rosa foi escolhida como símbolo da luta e da união em torno de uma causa que salva vidas, reforçando o poder da informação e da solidariedade.

Mais do que uma campanha de saúde, o Outubro Rosa representa um ato de empoderamento e amor-próprio. Ao incentivar o cuidado com o corpo, reforça a importância de colocar a saúde em primeiro lugar, mesmo diante da correria do dia a dia. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres no Brasil, desconsiderando os casos de pele não melanoma.

Quando identificado em estágios iniciais, o câncer de mama apresenta índices de cura superiores a 90%. Por isso, o autoconhecimento corporal é fundamental. Observar mudanças nas mamas — como nódulos, secreções, retrações na pele ou alterações no formato — são atitudes simples que podem salvar vidas. O autoexame, embora não substitua os exames médicos, é um aliado importante, assim como as consultas regulares e a mamografia, capaz de detectar alterações antes mesmo dos sintomas aparecerem.

A prevenção também envolve hábitos saudáveis. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar estão entre as principais recomendações médicas.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a mamografia, bastando procurar os serviços disponíveis na rede pública de cada localidade. Durante o mês de outubro, muitos estados e municípios ampliam os horários de atendimento e promovem mutirões de exames e ações educativas, facilitando o acesso e incentivando o cuidado preventivo.

Mais do que uma campanha anual, o Outubro Rosa é um lembrete permanente de que prevenir é um ato de amor com o corpo, com a vida e com o futuro. Falar sobre o tema, compartilhar informações e apoiar mulheres em tratamento são formas de fortalecer uma rede de cuidado e empatia que salva vidas todos os dias.

Dia dos Animais: Preservação e alerta para humanidade

A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana.

Charles Darwin

Os animais sempre ocuparam um lugar central na vida humana, seja na convivência cotidiana ou na manutenção dos ecossistemas que sustentam nossa sobrevivência. Não são apenas companheiros de jornada, mas parte essencial da biodiversidade do planeta. 4 de outubro,  Dia Mundial dos Animais, é uma data que não representa apenas uma celebração, mas também um convite à reflexão sobre os impactos das ações humanas no equilíbrio da vida na Terra.

No convívio doméstico, os animais de estimação assumem papel cada vez mais relevante. Cães, gatos, aves e outros pets oferecem companhia e contribuem para o bem-estar físico e emocional de seus tutores. Pesquisas apontam que a presença desses animais ajuda a reduzir o estresse, aliviar a solidão e até fortalecer o sistema imunológico. Inseridos no núcleo familiar, transformam-se em parceiros de vida e reforçam diariamente a importância do cuidado e da responsabilidade.

A relevância dos animais, no entanto, vai muito além dos domésticos. A fauna silvestre, marinha e até os pequenos insetos desempenham funções indispensáveis, embora muitas vezes invisíveis. Abelhas e borboletas, por exemplo, são fundamentais para a polinização, processo que garante a produção de alimentos. Nos rios e mares, peixes e outros organismos asseguram a qualidade das águas. Já predadores naturais, como onças e aves de rapina, regulam populações e preservam a dinâmica ecológica. A ausência dessas espécies compromete todo o funcionamento dos habitats e, em consequência, a própria sobrevivência humana.

 

Abelhas e borboletas são fundamentais para a polinização

 

Relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) alertam que mais de um milhão de espécies de animais e plantas podem desaparecer nas próximas décadas. As principais ameaças estão ligadas ao desmatamento, à poluição, à caça predatória e às mudanças climáticas. Cada extinção representa não apenas a perda de um ser vivo, mas a ruptura de um elo essencial da cadeia natural, com impactos imprevisíveis para o planeta.

Nesse contexto, preservar a fauna deve ser encarado como uma prioridade global. Combater o desmatamento, reduzir o uso de agrotóxicos, apoiar iniciativas de reflorestamento e respeitar os habitats naturais são medidas indispensáveis. No dia a dia, escolhas simples também fazem diferença: adotar o animal doméstico em vez de comprar, evitar produtos associados ao sofrimento animal, reduzir resíduos e valorizar práticas sustentáveis são atitudes ao alcance de todos.

Animais, sejam domésticos ou silvestres, são parceiros silenciosos da humanidade e guardiões da estabilidade ambiental. Cuidar deles é cuidar do planeta e de nós mesmos. A preservação da fauna não deve ser vista apenas como compaixão, mas como responsabilidade ética, social e ambiental. Afinal, a diversidade da vida é o que garante um futuro saudável e sustentável para as próximas gerações.

Direitos das Pessoas Idosas no Brasil

A inclusão dos idosos enriquece a coesão social.

Jones Donizette

 

Neste dia 1º de outubro celebramos o Dia Internacional do Idoso, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1991 e que, no Brasil, também marca a promulgação do Estatuto do Idoso, em 2003. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos representam cerca de 15% da população brasileira e, até 2030, devem superar o número de crianças e adolescentes.

Envelhecer bem é um desejo comum e, ao mesmo tempo, um desafio que exige cuidado, consciência e escolhas diárias. A chamada “melhor idade” não precisa ser sinônimo de limitações, mas sim um período de realização, saúde e bem-estar, desde que acompanhada de hábitos saudáveis e do conhecimento dos direitos que asseguram dignidade e proteção.

Um dos pilares para uma vida longa e saudável é a manutenção da saúde física. A prática regular de exercícios fortalece músculos e ossos, melhora a circulação e ajuda a prevenir doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Caminhadas, dança, yoga, hidroginástica ou atividades leves na academia são alternativas acessíveis para manter o corpo ativo e a mente estimulada.

A alimentação equilibrada também é fundamental. Incluir frutas, verduras, legumes, cereais e proteínas magras no dia a dia garante energia, fortalece o sistema imunológico e contribui para a prevenção de doenças. Já no campo emocional, participar de grupos de convivência, manter amizades, praticar hobbies e aprender coisas novas estimula o cérebro, fortalece a memória e ajuda a combater a solidão.

No campo das finanças, adotar planejamento e organização é essencial para garantir um futuro mais equilibrado. Formar uma reserva, por exemplo por meio de títulos de capitalização, é uma estratégia saudável para construir um colchão financeiro e manter em andamento planos, sonhos e objetivos.

 

A Constituição Federal e o Estatuto do Idoso garantem e deveres para todos 

 

Para além dos cuidados pessoais, é essencial conhecer os direitos garantidos pela Constituição Federal e pelo Estatuto do Idoso, que asseguram uma vida mais digna. A legislação prevê atendimento prioritário em hospitais, repartições públicas e estabelecimentos privados; gratuidade no transporte coletivo urbano; além de duas vagas gratuitas ou desconto de 50% em viagens interestaduais.

O Estatuto também determina punições para casos de violência, abandono ou discriminação, reconhecendo a vulnerabilidade a que muitos idosos estão expostos. Quem não possui condições de sustento pode contar com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), equivalente a um salário mínimo, enquanto aqueles que contribuíram ao longo da vida têm direito à aposentadoria e pensões.

Para garantir os direitos, existem canais de apoio: o Disque 100, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), os Conselhos do Idoso, as delegacias especializadas e o Ministério Público, que oferecem orientação, fiscalização e encaminhamento em casos de desrespeito.

O Dia do Idoso não é apenas uma celebração, mas uma oportunidade de reafirmar compromissos e cobrar avanços em favor da qualidade de vida dessa população. Cuidar de quem já dedicou anos ao desenvolvimento da sociedade é reconhecer sua trajetória e assegurar que a longevidade seja vivida com direitos plenos, respeito e dignidade.

Direitos e desafios das pessoas com deficiência

“Lutar pelos direitos dos deficientes é uma forma de superar as nossas próprias deficiências”

John F. Kennedy

Setembro é um mês marcado por simbolismo e mobilização social. O Setembro Verde é dedicado à conscientização sobre a inclusão das pessoas com deficiência (PcDs), trazendo à tona reflexões e ações em prol de uma sociedade mais acessível e justa. Nesse contexto, o 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, reforça a importância de celebrar conquistas, reconhecer obstáculos e renovar o compromisso com a equidade social.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 18 milhões de brasileiros vivem com algum tipo de deficiência. Apesar de avanços legais, como a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e a Política Nacional de Educação Especial, que garantem direitos relacionados à acessibilidade, à educação e ao trabalho, ainda persistem barreiras físicas, sociais e culturais que limitam o exercício pleno da cidadania.

A acessibilidade é um dos maiores entraves. Ela vai muito além da instalação de rampas e elevadores, envolvendo também recursos de comunicação, como Libras, audiodescrição e tecnologias assistivas, que ainda não estão amplamente disponíveis. A ausência desses mecanismos restringe a participação integral na vida social, cultural e profissional.

A educação inclusiva é outro ponto que exige avanços. Embora a LBI assegure o direito a uma escola acessível e de qualidade, muitas instituições carecem de estrutura adequada e de professores preparados para lidar com a diversidade dos estudantes. Essa lacuna compromete o desenvolvimento, a autonomia e as perspectivas de futuro das PcDs.

No campo profissional, a Lei de Cotas obriga empresas a reservarem vagas para trabalhadores com deficiência. No entanto, o cumprimento da norma muitas vezes se restringe à formalidade, sem oferecer condições adequadas ou oportunidades reais de crescimento. O desafio é transformar a inclusão no mercado de trabalho em valorização efetiva das capacidades e talentos das pessoas com deficiência.

Outro obstáculo persistente é o preconceito, que se manifesta em estereótipos e atitudes que reduzem a pessoa à sua deficiência ou colocam em dúvida sua competência. Essas práticas, por vezes sutis, perpetuam a exclusão e exigem enfrentamento por meio da educação, da conscientização e do exemplo em ambientes escolares, profissionais e comunitários.

O Setembro Verde e o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência são, portanto, oportunidades estratégicas para mobilização social. Mais do que celebrar avanços, é preciso cobrar a efetiva implementação das políticas públicas e promover uma mudança cultural que valorize a diversidade e a dignidade humana. A luta das pessoas com deficiência é, acima de tudo, uma luta por igualdade e cidadania.

Em casos de violação dos direitos de pessoas com deficiência — seja por falta de acessibilidade, discriminação, recusa de serviços públicos ou privados, ou qualquer outra forma de descumprimento — é possível registrar denúncia pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100), que funciona 24 horas por dia, de forma gratuita e com sigilo garantido.

Setembro Amarelo: saúde mental e planejamento de vida

“O autocuidado é um ato de amor-próprio. Priorize-se, cuide de si e descubra como o bem-estar pessoal pode irradiar para todas as áreas de sua vida”.

Franklin S. Carter

A campanha Setembro Amarelo busca ampliar o diálogo sobre a valorização da vida e a importância da saúde mental. Mais do que um alerta, a ação se consolidou, desde 2015, como um convite à reflexão sobre como pequenas atitudes podem transformar o dia a dia e abrir caminhos para uma rotina mais equilibrada.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, número alarmante e considerado um problema de saúde pública global. Antes restrito aos consultórios, o tema passou a ocupar espaço em conversas dentro de casa, nas escolas e nas empresas. Essa abertura é essencial, pois falar sobre sentimentos e dificuldades ajuda a fortalecer vínculos e reduzir barreiras.

Especialistas afirmam que abordar o assunto é o primeiro passo para combater o estigma e encorajar quem enfrenta sofrimento emocional a buscar apoio. O suporte coletivo pode fazer diferença em momentos de fragilidade, e a orientação de profissionais, quando necessária, complementa esse cuidado, mostrando que investir na mente é também investir em qualidade de vida.

O planejamento pessoal é outro aspecto importante. Uma rotina organizada de forma realista cria espaço para atividades que proporcionam prazer, descanso e desenvolvimento. Isso pode incluir momentos de lazer em família ou o estabelecimento de metas profissionais e educacionais alcançáveis. Planejar gera segurança e ajuda a reduzir a sensação de sobrecarga.

Hábitos simples também influenciam diretamente o equilíbrio emocional. Caminhar, praticar atividades físicas, manter alimentação equilibrada, dormir bem e reservar pausas ao longo do dia favorecem o bem-estar. Estudos comprovam que exercícios regulares liberam endorfina e serotonina, hormônios que promovem sensação de felicidade e tranquilidade, atuando como aliados na redução do estresse, ansiedade e sintomas depressivos.

O cultivo de relações saudáveis é outra ação fundamental. Compartilhar conquistas e desafios cria uma rede de apoio que fortalece em momentos difíceis. Seja no trabalho, na comunidade ou em casa, diálogo e empatia ajudam a construir ambientes mais acolhedores. Empresas que investem em programas de qualidade de vida registram ganhos não apenas na produtividade, mas também no engajamento de suas equipes.

Reconhecer a hora de buscar apoio especializada também é muito importante. A atuação de psicólogos e psiquiatras oferece ferramentas para enfrentar os desafios cotidianos de forma equilibrada e resiliente. Mais do que um mês de reflexão, o Setembro Amarelo convida a sociedade a valorizar a mente ao longo do ano. Cuidar do equilíbrio emocional é investir no presente e no futuro.

O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece atendimento gratuito e sigiloso 24 horas por dia, pelo número 188.

Longevidade: Caminhos para uma vida mais saudável

Saber envelhecer é a grande sabedoria da vida.

Henri Amiel

Em um país que caminha para o envelhecimento acelerado da população, falar sobre longevidade se torna cada vez mais urgente. Viver mais não significa apenas acrescentar anos à vida. O verdadeiro desafio é garantir que esses anos sejam vividos com saúde, autonomia e bem-estar.

De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 a expectativa de vida média para os homens era de 73,1 anos e, para as mulheres, 79,7. Para 2070, a projeção indica 81,7 para os homens e 86,1 para as mulheres. Em 2000, esses números eram de 67,3 para os homens e 75,1 para as mulheres. Mas o que esses dados revelam?

Como visto, a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado ao longo das últimas décadas. Dentro desse cenário, tem ficado cada vez mais evidente a necessidade da prevenção como um dos principais pilares para o envelhecimento saudável. Consultas regulares, exames de rotina, vacinação em dia e o controle de fatores de risco, ajudam a evitar doenças crônicas e a manter o corpo funcionando bem por mais tempo.

Além disso, escolhas cotidianas como manter uma alimentação equilibrada, dormir bem e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco fazem grande diferença ao longo dos anos. Outro fator essencial é a prática regular de atividades físicas. O sedentarismo é um dos grandes vilões da saúde pública e está associado a diversas doenças, como obesidade, problemas cardíacos, osteoporose e até depressão.

Prática regular de atividades físicas ajuda na longevidade

A boa notícia é que não é necessário ser atleta para se beneficiar. Uma simples caminhada diária, por exemplo, pode gerar vários benefícios. Entre eles, destacam-se a perda de peso, o controle da pressão arterial, o combate a doenças cardíacas, a redução do risco de diabetes tipo 2, o alívio da depressão e a melhora da memória.

Para além da caminhada, alongamentos, pedaladas, dança ou qualquer outro exercício prazeroso também contribuem para melhorar a circulação, fortalecer os músculos e ossos, reduzir o estresse e promover mais disposição e vitalidade no dia a dia.

Mas a saúde não é feita apenas de corpo e mente. O bem-estar financeiro também tem um impacto direto sobre a qualidade de vida, especialmente na terceira idade. Construir uma reserva de emergência, investir de forma consciente, manter o controle do orçamento e pensar em uma aposentadoria segura são atitudes que trazem estabilidade e liberdade no futuro. Além disso, uma boa saúde financeira reduz o estresse e contribui para a saúde mental, completando o ciclo do cuidado integral.

Longevidade é, portanto, o resultado de um conjunto de decisões cotidianas. É o reflexo de como cuidamos do corpo, da mente e do nosso futuro. Nesta terça-feira, 5 de julho, o Dia Nacional da Saúde surge como um lembrete importante de que nunca é tarde para começar a mudar. Adotar hábitos saudáveis hoje é investir em uma vida mais longa, plena e com qualidade amanhã. Afinal, viver mais é um desejo de todos, mas viver bem é uma conquista construída todos os dias.