O comediante e cineasta Charles Chaplin era um dos maiores amantes do riso. Um dia, ele escreveu: “É benéfico rir dos aspectos mais sombrios da vida, incluindo a morte. O riso é um tônico, um alívio, uma pausa que permite atenuar a dor”. O médico americano Patch Adams também acreditava na alegria como processo de cura e revolucionou a abordagem médica como ativista do bom humor nos leitos hospitalares do mundo. Certamente, o ídolo do cinema mudo e o médico foram inspiração para o movimento que criou o Dia Mundial do Riso.
A ideia de levar o bom humor a sério surgiu em 1995, a partir da técnica terapêutica batizada de Yoga do Riso, criada pelo médico indiano Madan Kataria, adepto da tese de que rir é o melhor remédio contra a ansiedade, depressão, angústia, medo e outros sentimentos de negatividade. A técnica é praticada em mais de 110 países no mundo, estimulando as pessoas a buscarem a leveza da alma como cura sem o uso de remédios, combinando respiração consciente e espontaneidade em rir mesmo sem piadas, cenas de comédia ou palhaçadas típicas de pessoas bem-humoradas.
O Dia Mundial do Riso é celebrado em 18 de janeiro como uma ocasião especial para meditar sobre a importância da alegria para a saúde mental. Especialistas do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira – ligado à Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) – acreditam que a terapia do riso impacta o estado emocional das pessoas. Esta reflexão está também incorporada à Campanha Janeiro Branco, cujo maior objetivo é conscientizar a população sobre a importância da saúde mental, com atitudes de prevenção à ansiedade, depressão, transtornos comportamentais por meio de hábitos saudáveis, bom humor, afeto, gratidão e disponibilidade de interação social.
O riso não é tão somente terapêutico para diversas doenças e um antídoto contra a tristeza. Ele é também responsável pela paz interior. Quando alguém sorri, leva a mensagem de gentileza, bondade, amizade e fraternidade. Um sorriso sincero e espontâneo é suficiente para transformar o dia de alguém aborrecido, emburrado, irritado ou mal-humorado, seja no ambiente familiar, entre desconhecidos, nas ruas e principalmente no meio corporativo.
De acordo com neurocientistas, o riso provoca efeitos colaterais positivos no cérebro. Ao sorrir, a pessoa aciona a endorfina – conhecida como o hormônio da felicidade – que atua com a serotonina, bloqueando a produção de estradiol e adrenalina, hormônios causadores do enfraquecimento do sistema imunológico, causando estresse e raiva. Para externar um simples sorriso, o corpo humano pode chegar a movimentar até 80 músculos. Além disso, o riso é tão importante quanto alguns minutos de academia de ginástica. Ele queima calorias, melhora a qualidade do sono, fortalece a musculatura abdominal, rejuvenesce, melhora a circulação do sangue no coração, ajuda na respiração, na digestão e ainda dá uma boa dose de criatividade e alto astral.
Quando você compartilha sua alegria com outras pessoas, consegue, naturalmente, estabelecer uma rede de proteção contra a infelicidade generalizada. Então, não há mais dúvidas de que o sorriso é o estado emocional mais equilibrado para manter nossa longevidade e qualidade de vida. No Dia Mundial do Riso, não há espaço para dúvidas sobre a corrente do bem que se forma em torno de todos nós, quando distribuímos gargalhadas gratuitas e despretensiosas.
Sabemos que o bom humor desempenha um papel fundamental na qualidade de vida. Compreendendo essa importância, a Brasilcap tem investido em iniciativas que proporcionam momentos de alegria e descontração aos brasileiros, apoiando espetáculos de comédia e reforçando seu compromisso com a cultura e o bem-estar. Esses projetos culturais são uma forma de aproximar as pessoas do entretenimento de qualidade, promovendo o acesso à arte e incentivando a reflexão de forma leve e criativa.
Entre os espetáculos apoiados pela Brasilcap estão “Duetos”, “Avesso do Avesso” e “O Cravo e a Rosa”, peças que têm conquistado plateias com seu humor inteligente e talentoso elenco. Escrita pelo dramaturgo britânico Peter Quilter e estrelada por Eduardo Moscovis e Patrícia Travassos, “Duetos” explora as nuances das relações humanas com um toque cômico e sensível. O “Avesso do Avesso” conta com a dupla de atores Heloisa Périssé e Marcelo Serrado, numa comédia de curtas histórias sobre seis diferentes casais em situações cotidianas bem-humoradas. Já “O Cravo e a Rosa”, inspirada na novela do escritor Walcyr Carrasco, ganha vida com os atores como Isabella Santoni e Dudu Azevedo, levando ao público uma comédia envolvente e cheia de ritmo. Com esses patrocínios, a Brasilcap reafirma sua missão de transformar vidas por meio do incentivo à cultura e ao riso.
Para o escritor paraibano Ariano Suassuna (autor da peça teatral “O Auto da Compadecida”), o bom humor era uma espécie de arma. E certo dia, ele disse: “Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver”. Façamos como o criador dos personagens João Grilo e Chicó: vamos fazer do riso a melhor regra do bem-viver.