Imagine um lugar onde homens e mulheres vivem os mesmos direitos e oportunidades em harmonia. Não importando que seja na família ou no ambiente profissional. Infelizmente esse é um cenário ainda em construção em pleno século XXI, onde se espera que a sociedade mantenha um holofote iluminando a luta pela igualdade de gênero no Brasil.
Esse é o objetivo de hoje, 10 de outubro – Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher – uma página no calendário para refletir sobre como é possível combater os crimes femininos em todas as circunstâncias. A data foi instituída em 1980, por um grupo de mulheres que se reuniu nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo para protestar contra o aumento dos casos de violência de gênero no país.
A Conferência das Nações Unidas sobre Direitos Humanos (realizada em Viena em 1993) reconheceu a violência contra as mulheres como uma das formas de violação dos direitos humanos. Desde então, os países-membros da ONU, as organizações da sociedade civil e empresas privadas trabalham em campanhas para eliminar esse tipo de crime. O Brasil é signatário de todos os tratados internacionais que buscam reduzir e combater, efetivamente, a violência de gênero.
Apesar de toda essa mobilização, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a violência contra a mulher brasileira é um problema social grave. O Brasil está na 5ª posição com a maior taxa de feminicídios no ranking mundial. São pelo menos 4,8 casos para cada 100 mil mulheres. As maiores vítimas são mulheres negras e jovens entre 18 e 30 anos. No ano passado, o número de feminicídio teve um aumento de 8%, com um total de 1.320 casos registrados “oficialmente”.
Segundo o Monitor de Feminicídios do Brasil (MFB), realizado pelo Laboratório de Estudos de Feminicídios da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, durante o primeiro semestre de 2024, foram 905 feminicídios consumados. Além disso, foram registradas 1.102 tentativas. O MFB registra ainda que a maioria dos feminicídios ocorre em casa (58,7% dos casos) e 4,1% são praticados no local de trabalho da mulher. Quando se pensa na motivação para tanta violência, a pesquisa destaca que os fatores que mais contribuem são: machismo, a classe social da vítima e a violência no entorno.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alerta que a prevenção é um dos caminhos mais seguros contra a violência feminina. De acordo com a instituição, entre janeiro e maio deste ano, pelo menos uma medida protetiva foi concedida a cada minuto no Brasil. Nesse período, foram quase 9 mil medidas protetivas, previstas na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) e visam proteger a integridade física e moral das mulheres, seus filhos e familiares. Toda mulher que for vítima de violência doméstica pode pedir à Justiça uma medida protetiva, independente de renda, classe social, orientação sexual, cor ou grau de escolaridade. A medida afasta o agressor do lar ou de qualquer outro ambiente em que a vítima esteja, além de proibir o agressor de se aproximar ou manter contato com a vítima, parentes e testemunhas da agressão.
No Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, a Brasilcap assevera seu forte compromisso com a causa da igualdade de gênero. A Companhia tem investido em campanhas e iniciativas que visam conscientizar a sociedade sobre a importância de garantir os direitos das mulheres e promover um ambiente mais seguro e justo para todas; seja em casa, no trabalho, no lazer ou em qualquer lugar onde ela deseja estar.
Uma das campanhas já realizadas pela Brasilcap foi a “Spoiler de Amiga“. Essa iniciativa trouxe o formato de um trailer de cinema para alertar as mulheres sobre os sinais de relacionamentos abusivos e incentivá-las a buscar ajuda. A campanha, que foi amplamente divulgada nas redes sociais da empresa, buscou fortalecer a rede de apoio entre as mulheres e encorajá-las a denunciar casos de violência.
Além da campanha “Spoiler de Amiga“, a Brasilcap também já patrocinou filmes e projetos que abordam a temática da violência doméstica. Um exemplo disso foi o patrocínio do filme “Vidas Partidas”. O longa conta a história de uma mulher vítima de violência e busca inspirar outras mulheres a romper o ciclo da violência. O filme do cineasta Marcos Schechtman é protagonizado pelos atores Domingos Montagner e Naura Schneider. Ela, completamente apaixonada, e depois de alguns anos casada, é vítima de violência doméstica no Brasil dos anos 80. Ele marca a relação do casal pelo ciúme e agressões. O filme reflete o machismo e como as relações tóxicas precisam ser denunciadas em defesa das vítimas.
Por tudo isso, é fundamental que todas as formas de violência contra a mulher sejam denunciadas. Se você ou alguém que você conhece está sofrendo algum tipo de violência, procure ajuda. Existem diversos canais de denúncia e serviços especializados para atender mulheres em situação de vulnerabilidade. O Governo Federal disponibiliza o Ligue 180, coordenado pelo Ministério das Mulheres. Tem ainda o Disque 100 para denunciar a violação de direitos humanos. Além disso, em cada Estado do país, as vítimas contam também com o Disque 190 da Polícia Militar.