Embora seja um tabu falar abertamente sobre câncer – inclusive, sem provocar insegurança ou medo – esclarecer mitos e verdades aumenta as chances de proteção contra a doença. Um em cada três casos pode ser curado se for descoberto no início. Mas, por desinformação, muitas pessoas evitam o assunto e criam no imaginário a crença de que a doença é incurável e uma sentença de morte.
O avanço da medicina e das novas tecnologias não mais permitem um comportamento arredio e amedrontado sobre o tema. Alguns tipos de câncer – entre eles o de mama – apresentam sinais e sintomas em suas fases iniciais. O diagnóstico precoce por meio de exames e acompanhamento médico ajuda no tratamento e reduz a mortalidade.
Hoje, no Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama, as campanhas realizadas no mundo estampam o lembrete da importância da prevenção. A Brasilcap – como signatária do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas) – adota em suas ações corporativas o incentivo à precaução para todos os seus colaboradores, utilizando seus canais de comunicação para divulgação de dicas de enfrentamento precoce à doença, principalmente, durante o Outubro Rosa, que é um dos movimentos mais bem sucedidos de conscientização da sociedade sobre o combate ao câncer de mama.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que pelo menos 73.610 casos novos de câncer de mama sejam registrados até o final de 2024. A estimativa de risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. Apenas cerca de 1% da doença atinge homens. O aumento da incidência nas mulheres pode ser explicado pelo envelhecimento da população e aumento da obesidade. Além disso, há outro agravante: o consumo excessivo de alimentos industrializados e ultraprocessados. Com esses fatores negativos, o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no Brasil.
O Inca defende que nas últimas décadas, os avanços terapêuticos e uma maior rede de atendimento médico especializado resultam na cura ou na sobrevida das mulheres vítimas de câncer de mama. Providenciar o cuidado integral e superar as desigualdades sociais são pilares da Iniciativa Global para o Enfrentamento do Câncer de Mama, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para isso, as ações de controle da doença devem ser monitoradas e avaliadas continuamente por meio de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e de pesquisas de âmbito nacional e internacional.
É possível reduzir o risco de câncer de mama? Os especialistas não têm dúvida: sim. São unânimes ao prescreverem como estratégia de autoproteção o controle do peso corporal, a prática de atividade física, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo. Outra iniciativa indicada é fazer o autoexame para prevenção, mas sabendo que isso não substitui a mamografia de rastreamento. Esse exame localiza o câncer na sua fase inicial, leva a paciente a ter um tratamento menos agressivo e com menos impacto na qualidade de vida.
Para ter sucesso na prevenção o melhor caminho é o conhecimento. Quanto mais as mulheres sabem identificar a doença em seu corpo, mais próximas estarão da cura. Esses são alguns dos sinais de câncer de mama:
- Caroço ou nódulo na mama, ou na axila;
- Alteração no tamanho ou formato da mama;
- Secreção anormal pelo mamilo;
- Vermelhidão ou descamação da pele da mama;
- Dor na mama ou na axila.
É importante ressaltar que nem todos os caroços são cancerígenos. No entanto, qualquer alteração nas mamas deve ser investigada por um médico. O Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama é uma oportunidade para reforçar que o conhecimento ajuda a salvar vidas. Se informar sobre os sinais da doença e realizar os exames preventivos regularmente, são atitudes que ajudam a cuidar da sua saúde e aumentar as chances de uma vida longa e saudável.