A mulher no mercado de trabalho

Durante anos as mulheres ficaram limitadas ao trabalho doméstico. A situação sofreu uma reviravolta após as duas Guerras Mundiais, quando muitos homens eram mandados para a batalha e ficavam no exterior por longos períodos – às vezes, nem voltavam para casa. Como muitas esposas viram-se sem seus cônjuges e a necessidade de mão de obra crescia, elas precisaram sair de casa e ganhar a vida por conta própria. Centenas de manifestações e passeatas depois, adquiriram vários direitos e avançaram bastante na questão da igualdade de gênero. Mas, será que é o suficiente?

Muito chão pela frente

Um levantamento aponta que serão precisos 217 anos para que homens e mulheres em todo o mundo tenham os mesmos salários e as mesmas oportunidades no mercado de trabalho. E que 9 entre cada 10 bilionários ainda são homens.

Muito dinheiro perdido

O mesmo levantamento mostra que as mulheres sustentam R$10 trilhões com serviços, sem receberem remuneração – especialmente em tarefas domésticas. Pesquisas do Kinsey Global Institute (MGI) em 95 países indicam que seriam adicionados US$ 28 trilhões à economia global se todos os países alcançassem a igualdade entre gêneros. No Brasil, a diminuição das diferenças entre homens e mulheres poderia aumentar o PIB em 3,3%, injetando R$ 382 bilhões na economia.

Mas ainda há esperança

Segundo dados do ministério, a desigualdade entre gêneros no Brasil diminuiu nos últimos 10 anos. De 2007 para 2017, a participação das mulheres no mercado de trabalho subiu de 40,85% para 44%, enquanto a desigualdade salarial caiu de 17% para 15%. Um indicativo de que ainda é possível sonhar com dias melhores e mais recheados de oportunidades para todos.